Pedagogia do Oprimido: Paulo Freire e a Educação Social


escritor, professor e estudioso Paulo Freire retrata neste livro uma nova pedagogia, a chamada Pedagogia do Oprimido, que consiste na relação entre opressor e oprimido. Essa relação, por sua vez, baseia-se no “modo de liberdade” expresso pelos oprimidos e que leva o opressor à obtenção do poder, pois é a consciência do oprimido que faz com que o opressor seja realmente quem é. No sentido educacional isso nos remete ao aluno, no caso o oprimido. Que se deixa levar pelas imposições do professor, já que tem medo da conscientização, da libertação e, portanto, o professor torna-se um ditador da sala de aula. Paulo Freire defendia que o objetivo da escola deve ser ensinar o aluno a “ler o mundo”, para poder transformá-lo, ou seja a educação deve priorizar a conscientização dos alunos, freire apresenta a vocação ontológica humana associada à questão do amor em diálogo.

O que tem a Educação Social a aprender com Freire? Uma das grandes reivindicações de Paulo Freire apontava para a necessidade de construção de diferentes olhares sobre o que se entende por educação orientados pela rigorosidade metódica (FREIRE, 1986) que em Pedagogia da Autonomia (FREIRE, 1996) é defendida como o primeiro saber necessário à prática educativa. Corroborando com Freire defendemos a necessária adjetivação de Educação (Social), pois compreendemos que toda educação é social, mas nem toda educação se ocupa do social. Essa educação, chamada de social, define-se pelas práxis pedagógicas, pela ação concreta de reconstrução de uma certa cidadania de diferentes segmentos populacionais vulneráveis. O saber-fazer é uma premissa importante no horizonte daqui eles que trilham os caminhos da Educação Social. Nesse sentido, educadoras e Educadores Sociais são desafiados de forma permanente, em um processo de reflexão sobre a sua própria prática, a construir saberes e metodologias consistentes com o contexto social no qual estão inseridos. Na perspectiva da Educação Popular, são sujeitos considerados como agentes de mudança, pois seu trabalho tem impacto na cultura e na história das comunidades e sujeitos nos quais inscrevem a sua ação. Nessa direção, Gohan (2010) afirma que as Educadoras e os Educadores Sociais são dinamizadores de possíveis mudanças sociais paradigmáticas e representam um painel rico, amplo e estimulante, na medida em que fazem diferença no cotidiano dos espaços em que atuam. Nesse processo, o legado deixado por Paulo Freire serve como uma ferramenta. Concreta nas mãos de Educadoras e Educadores Sociais. Como destaque das inúmeras contribuições de Freire ao pensamento pedagógico latino-americano. Para Freire a leitura do mundo precede a leitura da palavra. A capacidade humana de ser e estar no mundo é potente para o desenvolvimento de outras habilidades capazes de analisar, compreender e construir sentidos no/para/com o mundo que os cerca.

Entenda mais no OVA (Objeto Virtual de Aprendizagem) abaixo:




Comentários

  1. Um livro muito necessário!!! Parabéns pela referência!!

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  2. Livro necessário para quem trabalha com educação e para quem se encanta pela educação! Válido estarmos sempre revisitando esse clássico de Paulo Freire.

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  3. Paulo Freire é Paulo Freire né.
    Parabéns pelo artigo
    Excelente dissertação

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  4. Se conhecer, se valorizar e entender o lugar que ocupa no meio social e a importância de suas ações nesse espaço ! Conteúdo muito importante !

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